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ASAA
Santos OL, Alves RSM, Santos ERR, Leite AFB
Associação de fatores de risco entre sífilis em gestante e congênita: estudo observacional retrospectivo
sílis congênita diagnosticados as mães zeram menos que
7 consultas pré-natal.
A idade gestacional de detecção da sílis congênita mais
frequente foi o 3º trimestre com 46,9% dos casos de noti-
cação. Com relação a evolução clínica mais presente nesses
casos 48,5% foram ignorados e a que apresentou maior
frequência entre os casos de sílis congênita foi a primária
(59,1%) (Tabela 2).
Tabela 1 - Distribuição de frequências de casos de sílis em ges-
tantes segundo variáveis sociodemográcos e clínico. Vitória de
Santo Antão, 2007 -2017.
Variáveis
socioeconômicas e clínicas
N %
I.C. 95%*
167
Caso de sífilis
Sim 91 54,5 46,9-62,2
Não 76 45,5 38,0-53,2
Faixa etária materna
Menor que 20 anos 62 37, 1 29,8-44,6
20 anos ou mais 105 62,9 55,5-70,3
Raça e cor
Branca e amarela 15 9,0 4,6-13,4
Preta e parda 133 79,6 73,5-85,9
Ignorado e branco 19 11,4 -
Escolaridade
> Que 8 anos de estudo 76 45,5 38,0-53,2
< Que 8 anos de estudo 33 19,8 13,7-25,9
Ignorado e branco 58 34,7 -
Consulta pre natal
- 7 consultas 59 35,3 28,1-42,7
+ 7 consultas 66 39,5 32,1-47,1
Ignorado e branco 42 25,1 -
Idade gestacional de detecção
1º trimestre 39 23,4 16,9-29,9
2º trimestre 50 29,9 23,0-37,0
3º trimestre 64 38,3 30,9-45,8
Ignorado e branco 14 8,4 -
Estágio da evolução clínica
Primaria 41 24,6 18,0-31,2
Outras formas 27 16,2 10,6-21,9
Ignorado e branco 99 59,3 -
Realização de tratamento da gestante
Sim 85 50,9 43,3-58,6
Não 6 3,6 0,8-6,5
Ignorado e branco 76 45,5 -
Realização de tratamento do parceiro
Sim 20 12,0 7,1-17,0
Não 34 20,4 14,3-26,6
Ignorado e branco 113 67,7 -
Fonte: Elaborado pelos os autores baseado Sistema de Informação de Agravos
de Noticação (Sinan) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)
Nota:* I.C. 95% - Intervalo de conança, nível de 95%
Dentre os casos de noticação de sílis congênita percebe-se
que tanto o tratamento da gestante como o tratamento do
parceiro a variável ignorado e branco foram mais frequentes,
com 57,9% e 52,2% respectivamente, conforme Tabela 2.
Na análise bivariada nenhuma das variáveis estudas apre-
sentaram signicância estatística, conforme Tabela 2.
Tabela 2 - Tabela de contingência bivariada de casos sílis em
gestantes segundo variáveis sociodemográcos e clínico segundo
casos que decorreram em evolução para sílis congênita. Vitória de
Santo de Santo Antão. 2007-2017
Variáveis
Sílis congênita
OR
(I.C.95%)
ρ-valor
Sim Não
N % N %
91 54,49% 76 45,51%
Faixa etária materna
< 20 anos 32 51,6 30 48,4 0,83
0,567*
> 20 anos 59 56,2 46 43,8 (0,443-1,561)
Raça e cor
Branca e amarela 8 53,3 7 46,7
1,06
(0,36-3,36)
0,915*
Preta e parda 69 51,9 64 48,1
Ignorado e branco 14 73,7 5 26,3
Escolaridade
< 8 anos de estudo 46 60,5 30 39,5
0,67
(0,30-1,55)
0,350*> 8 anos de estudo 18 54,5 15 45,5
Ignorado e branco 27 46,6 31 53,4
Consultas pré-natal
< 7 consultas 30 50,8 29 49,2
1,28
(0,55-2,92)
0,620*> 7 consultas 30 45,5 36 54,5
Ignorado e branco 31 73,8 11 26,2
Idade gestacional de detecção
1º trimestre 25 64,1 14 35,9 2,27 (0,96-5,37)
0,059*
2º trimestre 22 44,0 28 56,0 2,00 (0,88-4,65)
0,090*
3º trimestre 30 46,9 34 53,1 0,89 (0,41-1,88) 0,760*
Ignorado 14 100,0 0 0 - -
Estágio da evolução clínica
Primária 26 59,1 18 40,9
0,50
(0,16-1,54)
0,288**Outras formas 17 73,9 6 26,1
Ignorado e branco 48 48,5 51 51,5
Realização de tratamento da gestante
Sim 43 50,6 42 49,4
0,52
(0,06-3,06)
0,678**Não 4 66,7 2 33,3
Ignorado 44 57,9 32 42,1
Realização de tratamento do parceiro
Sim 11 55,0 9 45,0
0,76
(0,24-2,39)
0,628*Não 21 61,8 13 38,2
Ignorado e branco 59 52,2 54 47,8
Fonte: Elaborado pelos os autores baseado Sistema de Informação de Agravos
de Noticação (Sinan) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)