Análise das internações por transtornos neuróticos e relacionados com estresse no período pré-pandêmico e reabertura
DOI:
https://doi.org/10.37085/jmm.2022.ac.an2Palavras-chave:
Estresse psicológico, Pandemia COVID-19, Internação hospitalar, Transtornos neuróticosResumo
Introdução
O isolamento social, vivenciado no período pandêmico, pode corroborar o aumento de patologias psicológicas, como o estresse contínuo, com impacto na performance de vida diária e nas suas atividades. O estresse é uma decorrência do cotidiano exaustivo, leva ao aumento da produção de hormônios, como adrenalina e cortisol, e, quando constante, pode ocasionar uma série de comprometimentos físicos. Um estudo das internações pela manifestação desse transtorno é fundamental para entender como o distanciamento social afetou psicologicamente os brasileiros.
Objetivo
Avaliar o número de internações por transtornos relacionados com estresse pré-pandêmico e pós-período crítico pandêmico.
Métodos
Análise de dados secundários obtidos através da plataforma DATASUS (SIH/SUS). Foram selecionados e analisados dados de indivíduos com internações por transtornos neuróticos e relacionados com estresse no Brasil nos primeiros quadrimestres de 2019 e de 2022.
Resultados
Constatou-se que a média de internados aumentou de 226,25, no primeiro quadrimestre de 2019, para 237, no primeiro quadrimestre de 2022. Entre janeiro e abril de 2019, os números foram, respectivamente, 220, 217, 254 e 215, apresentando desvio-padrão de 16,1612. Já entre janeiro e abril de 2022, os valores foram, respectivamente, 235, 239, 245 e 229, com desvio padrão de 5,83095. Nesse mesmo período, na faixa etária entre 15 e 19 anos, a média das internações aumentou de 21,5 para 28,5 (aumento de 32,5%) no primeiro quadrimestre de 2022. Já o desvio padrão das internações nos primeiros quatro meses de 2019 e 2022 foi de 1,6583 e 2,5 respectivamente.
Conclusão
A pandemia do COVID-19 afetou significativamente a saúde mental dos brasileiros. Isso pode ser percebido no número de internações pré e pós-período crítico da pandemia, principalmente na faixa etária de 15 a 19 anos, que apresentou um aumento de 32,5% no período avaliado, justificando o desvio padrão reduzido. Infere-se, ainda, que as restrições pandêmicas também interferiram no número, prejudicando uma noção mais real dos casos de transtornos neuróticos, e que mais estudos devem ser feitos, analisando outras variáveis, para relacionar o impacto da pandemia no estresse desses indivíduos.
Palavras-chave: Estresse psicológico, Pandemia COVID-19, Internação hospitalar, Transtornos neuróticos.
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