Internações por enxaqueca: olhar epidemiológico sob população economicamente ativa no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37085/jmmv1.n2.2019.pp.57-65Palavras-chave:
Cefaleia, Transtorno da Enxaqueca, Epidemiologia, Saúde públicaResumo
Cefaleias primárias do tipo tensão e enxaqueca apresentam alta prevalência na população mundial e expressam a necessidade de um olhar estratégico para controle, profilaxia e tratamento das crises. O objetivo da pesquisa é analisar a situação das internações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população economicamente ativa no Brasil. Trata-se de um estudo do tipo observacional longitudinal entre 2014 a 2018. A fonte de dados secundários foi o Sistema de Informação Hospitalar – SIH, para elaboração do indicador taxa de internação específica por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população economicamente ativa (PEA), por 105 (TIEnx). Foi utilizado para comparação de médias teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls complmentar par-a-par. Foram processados cerca de 9,8 milhões de registros de internações por ano. As enxaquecas e outras síndromes de algias cefálicas, representaram 0,09% (≈7,8 mil). As médias anuais de TIEnx foram maior nas Regiões Sul (7.36 - I.C.95%: 6.81-7.91/105) e Nordeste (4.61 - I.C.95%: 4.06-5.16/105), com evidências de tendência de crescimento. O sexo feminino apresentou as maiores TIEnx, mas se observa tendência de crescimento significativo para ambos, principalmente, nas regiões Nordeste e Sul. Os padrões de médias entre as faixas etárias observados para o PEA foram de aumento da TIEnx à medida que avança a idade. Os padrões de distribuição desse importante evento da saúde públicapodem estar associados a mudanças econômicas, do mercado de trabalho, com a maior inserção da mulher e assim o aumento dos níveis de estresse e de ansiedade na PEA.
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