Internações por enxaqueca: olhar epidemiológico sob população economicamente ativa no Brasil

Autores

  • Mikaella de Souza Silva
  • Gabrielly Esther da Silva Alves
  • José Thiago de Lima Silva
  • Antonio Flaudiano Bem Leite
  • Erlene Roberta Ribeiro dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.37085/jmmv1.n2.2019.pp.57-65

Palavras-chave:

Cefaleia, Transtorno da Enxaqueca, Epidemiologia, Saúde pública

Resumo

Cefaleias primárias do tipo tensão e enxaqueca apresentam alta prevalência na população mundial e expressam a necessidade de um olhar estratégico para controle, profilaxia e tratamento das crises. O objetivo da pesquisa é analisar a situação das internações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população economicamente ativa no Brasil. Trata-se de um estudo do tipo observacional longitudinal entre 2014 a 2018. A fonte de dados secundários foi o Sistema de Informação Hospitalar – SIH, para elaboração do indicador taxa de internação específica por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população economicamente ativa (PEA), por 105 (TIEnx). Foi utilizado para comparação de médias teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls complmentar par-a-par. Foram processados cerca de 9,8 milhões de registros de internações por ano. As enxaquecas e outras síndromes de algias cefálicas, representaram 0,09% (≈7,8 mil). As médias anuais de TIEnx foram maior nas Regiões Sul (7.36 - I.C.95%: 6.81-7.91/105) e Nordeste (4.61 - I.C.95%: 4.06-5.16/105), com evidências de tendência de crescimento. O sexo feminino apresentou as maiores TIEnx, mas se observa tendência de crescimento significativo para ambos, principalmente, nas regiões Nordeste e Sul. Os padrões de médias entre as faixas etárias observados para o PEA foram de aumento da TIEnx à medida que avança a idade. Os padrões de distribuição desse importante evento da saúde públicapodem estar associados a mudanças econômicas, do mercado de trabalho, com a maior inserção da mulher e assim o aumento dos níveis de estresse e de ansiedade na PEA.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mikaella de Souza Silva

Academics of the Bachelor's Degree in Collective Health

Gabrielly Esther da Silva Alves

Academics of the Bachelor's Degree in Collective Health

José Thiago de Lima Silva

Academics of the Bachelor's Degree in Collective Health

Antonio Flaudiano Bem Leite

Sanitarist of the Municipal Secretariat of Health da Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brazil

Erlene Roberta Ribeiro dos Santos

Assistent Professor, Colective Heath Department of Federal University of Pernambuco – UFPE, Pernambuco Brazil

Referências

Sharkey L. Por que ainda não sabemos tudo o que gostaríamos sobre a enxaqueca. Brasil BBC [Internet]. 2018 Aug 15 [cited 2019 Sep 10]. Available from: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-45105309

Paul R, William JM. Headache. The American Journal of Medicine [Internet]. 2018 [cited 2019 Sep 10]; 131(1): 17-24. Available from: https://www.amjmed.com/article/S0002-9343(17)30932-4/fulltext

Migracalm. Que é uma enxaqueca? Espanha: DR. Healthcare España, S.L. [Internet]. 2014 [cited 2019 Oct 5]. Available from: http://www.migracalm.net/pt/enxaqueca.html

Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS). The international classification of headache disorders, 3rd edition. 2018 [cited 2019 Oct 5];38(1):1-211. Available from: https://www.ichd-3.org/wp-content/uploads/2018/01/The-International-Classification-of-Headache-Disorders-3rd-Edition-2018.pdf

Filizola P. Atenção: enxaqueca é muito mais do que uma dor de cabeça forte. Brasil: Metropoles [Internet]. 2019 Jan 24 [cited 2019 Oct 11]. Available from: https://www.metropoles.com/saude/atencao-enxaqueca-e-muito-mais-do-que-uma-dor-de-cabeca-forte

Enxaqueca: sintomas, tratamentos e causas. Minha Vida, editor. Brasil: Minha Vida [Internet]. 2017 [cited 2019 Sep 15]. Available from: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/enxaqueca

Speciali JG, Kowacs F, Jurno ME, Bruscky IS, Carvalho JJF, Malheiro FG, Prado GF. Protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgência do brasil [Internet]. 2018 [cited 2019 set 20]. Available from: https://sbcefaleia.com.br/images/file%205.pdf

Stovner LJ, Hagen K, Jensen R, Katsarava Z, Lipton RB, Scher AI, et al. The global burden of headache: a documentation of headache prevalence anddisability worldwide. Cephalalgia [Internt]. 2007 [cited 2019 set 20];27(3):193-210 Available from: https://doi.org/10.1111/j.1468-2982.2007.01288.x

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016. Diário Oficial da União, 2016. [cited 2019 out 03]. Available from: http://conselho.saude.gov.br/ resolucoes/2016/Reso510.pdf

Stewart WF, Lipton RB, Liberman J. Variation in migraine prevalence by race. Neurology [Internet]. 1996 jul [cited 2019 out 03];47(1):52-9. Available from: https://doi.org/10.1212/wnl.47.1.52

Cefaléia na Mulher. Brasil: Sociedade Brasileira de Cefaleia [Internet]. 2016 Jun 03 [cited 2019 Oct 20]. Available from: https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=10

Correia LL, Linhares MBM. Enxaqueca e Estresse em Mulheres no Contexto da Atenção Primária. Psic.: Teor. e Pesq. [Internet]. 2014 [cited 2019 Oct 20]; 30(2):145-152. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722014000200003.

Mascell V. Stress, sintomas de ansiedade e depressão na migrânea e cefaléia tensional. [dissertation]. [Campinas]: Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2011 [cited 2019 Oct 20]. 83 p. Available from: http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/284

Bárta RL, Oliveira K. A prática da automedicação por funcionários de uma Instituição de Ensino Superior portadores de enxaqueca. Rev Ciênc Farm Básica Apl. [Intenet]. 2010 [cited 2019 Sep 15];31(2):183-191. Available from: http://serv-

bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewArticle/1529%3B

Fernandes W, Cembranelli J. Automedicação e o uso irracional de medicamentos: o papel do profissional farmacêutico no combate a essas práticas. Revista Univap. [Internet]. 2015 [cited 2019 Sep 15];21(5):5-12. Available from: http://dx.doi.org/10.18066/revistaunivap.v21i37.265

Peres MFP, Queiroz LP, Rocha-Filho PS, et al. Migraine: a major debilitating chronic non-communicable disease in Brazil, evidence from two national surveys. J Headache Pain [Internet]. 2019 [cited 2019 Sep 15]; 20(1): 85. Available from: https://dx.doi.org/10.1186%2Fs10194-019-1036-6

Celentano DD, Stewart WF, Lipton RB, et al. Medication use and disability among migrain ours: a national probability sample survey. Headache [Internet]. 1992 [cited 2019 Sep 15];32(5):223-228. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1526-4610.1992.hed3205223.x

Vincent MB, Rodrigues AJ, Oliveira GV, et al. Prevalência e custos indiretos das cefaléias em uma empresa brasileira. Arq. Neuro-Psiquiatr [Internet]. 1998 [cited 2019 Sep 15]; 56(4):734-743. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1998000500006

Downloads

Publicado

2020-12-21

Como Citar

de Souza Silva, M. ., Esther da Silva Alves, G. ., Thiago de Lima Silva, J. ., Flaudiano Bem Leite, A. ., & Roberta Ribeiro dos Santos, E. . (2020). Internações por enxaqueca: olhar epidemiológico sob população economicamente ativa no Brasil. Jornal Memorial Da Medicina, 1(2), 57–65. https://doi.org/10.37085/jmmv1.n2.2019.pp.57-65

Edição

Seção

Sumário

Categorias

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)