Associação de fatores de risco entre sífilis em gestante e congênita: estudo observacional retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.37085/jmmv3.n2.2021.pp.1-5Palavras-chave:
Sífilis congênita, Estudo de Caso-Controle, Epidemiologia, Saúde ColetivaResumo
O objetivo desse estudo é associar fatores de riscos de relacionados aos caso de sífilis em gestantes a ocorrência de sífilis congênita. É um estudo observacional descritivo de base populacional de casos de sífilis em gestante e congênita registrado no período de 2007 a 2017 em um município de Pernambuco. A fonte de dado principal foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que registrou 230 casos. Foram eleitos para analisados 167 casos em gestante com evolução para caso de sífilis congênita sendo 54,5% residentes no município. Observou-se uma incidência média de 15,1 casos por ano. A faixa etária menor de 20 anos concentrou 62,9 de casos de sífilis em gestantes; 79,64% se declaram ser de cor preta ou parda, 45,5% tinham menos de 8 anos de estudo; 39,5% realizaram mais de 7 consultas de pré-natal durante a gestação, com a detecção da sífilis materna no 3º trimestre da gravidez para 38,32%. Um baixo percentual de tratamento parceiro (12,0%). Este foi um importante achado, porém, preocupante, pois não houve diferença significativa entre as variáveis analisadas considerando que a acompanhamento, a detecção sífilis, o tratamento concomitante dos parceiros é essencial para um indicativo de um pré-natal de qualidade fragilizado.
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