Evolução de alterações campimétricas visuais de macroadenoma hipofisário em ambulatório de neurologia: diagnóstico diferencial de glaucoma

Autores

Palavras-chave:

Tumor cerebral, Adenoma hipofisário, Glaucoma

Resumo

Relato de caso

Masculino, 45 anos, chega no ambulatório de neurologia com queixa de déficit visual há 11 meses. Relatou que estava sendo acompanhado na oftalmologia com diagnostico de glaucoma e fazia uso de dorzalamida. Ao exame, perda de campo bitemporal com predominância em olho esquerdo, nistagmo horizontal ao olhar para a direita, força 5 simétrica, sensibilidade superficial e profunda preservada e reflexos normoativos e simétricos, sendo solicitado ressonância magnética com contraste. Após um mês volta com queixa de perca visual completa em olho esquerdo e perda temporal em olho direito, relatando que já tinha passado por 5 oftalmologistas e nenhum medicamento parou a progressão dos sintomas. Também trouxe hemograma completo sem alterações e Ressonância Magnética (RM) contrastada evidenciou-se uma massa de aproximadamente 30 milímetros na região da sela túrcica, sugestivo de macroadenoma hipofisário. Sendo encaminhado com urgência para o serviço de neurocirurgia.

Discussão

O adenoma hipofisário ou adenoma pituitário, é um tipo de tumor benigno da hipófise de crescimento lento. No caso em questão, consideramos um macroadenoma por possuir mais de 10 milímetros. O tumor causou uma lesão que se estendeu por toda a cisterna suprasselar, comprimindo a haste hipofisária e o quiasma ótico, cursando com as perdas de campo visual de inicio temporal e evoluindo com cegueira à medida que a crescia. O caso é ímpar por o paciente somente ter seu diagnostico assertivo após 1 ano de progressão dos sintomas e após ter passado por vários serviços de oftalmologia. Além disso, as manifestações clinicas foram exclusivamente visuais, tendo o restante do exame físico geral e neurológico sem alterações.

Considerações finais

A lesão expansiva suprasselar em decorrência do macroadenoma cursou com manifestações clínicas que se aproximavam com o glaucoma. Todavia, tendo conhecimento da progressão dos sintomas e da não resposta ao tratamento, não se pode ignorar um tumor de hipófise como diagnostico diferencial de glaucoma.

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Biografia do Autor

Artur Pereira de França Medeiros, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Zenilda Gueiros Silvestre, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Vitor Soares Ribeiro, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Vitória Santana Sposito Oliveira, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Caio Ferreira de Lima Silva, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Paulo Eduardo Sales Chalegre, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Lailson Sérgio Bezerra de Lima, Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Pernambuco, Brasil.

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Publicado

2022-12-13

Como Citar

Medeiros, A. P. de F. ., Silvestre, Z. G. ., Ribeiro, V. S. ., Oliveira, V. S. S. ., Silva, C. F. de L. ., Chalegre, P. E. S. ., & Lima, L. S. B. de . (2022). Evolução de alterações campimétricas visuais de macroadenoma hipofisário em ambulatório de neurologia: diagnóstico diferencial de glaucoma. Jornal Memorial Da Medicina, 4(3), 5. Recuperado de https://jornalmemorialdamedicina.com/index.php/jmm/article/view/97

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