Astrocitoma pilocítico juvenil: etiopatogenia, manifestações clínicas e manejo

Autores

Palavras-chave:

Astrocitoma pilocítico juvenil, Etiopatogenia, Manejo, Manifestações clínicas

Resumo

Introdução

O astrocitoma pilocítico juvenil (APJ) se enquadra como um glioma, que acomete o tecido neuroepitelial e deriva de células gliais, sendo os astrocitomas um dos mais prevalentes nessa categoria. Os gliomas são muito prevalentes em crianças e adolescentes, em que o APJ é o mais comum, representando uma incidência de 1-5:100.000.

Objetivo

Compreender a etiologia, as manifestações clínicas e o diagnóstico do APJ, bem como o manejo dessa patologia.

Metodologia

Uma busca de dados foi realizada nas plataformas PubMED, SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão utilizados foram: estudos originais e revisões de literatura publicados de 2018 a 2022, escritos em inglês. Foram excluídos artigos com conteúdo discrepante do tema, ou duplicados. Os descritores, extraídos do Medical Subject Headings, foram: “Juvenile pilocytic astrocytoma”, “Children” e “Epidemiology”. De 1.238 artigos encontrados, 13 foram selecionados após aplicação dos critérios de inclusão/exclusão.

Resultados

O APJ caracteriza-se por ser uma neoplasia circunscrita (preenchida por fluido), de evolução lenta, que atinge principalmente o cerebelo, além de regiões como via óptica, tálamo, hipotálamo, tronco cerebral e medula espinhal. Ademais, o APJ apresenta uma aparência de característica bifásica, com áreas compactadas formadas por células bipolares e fibras de Rosenthal alternadas com regiões mixóides de células análogas a oligodendrócitos. O tumor apresenta-se clinicamente com alterações relacionadas à hipertensão intracraniana e hidrocefalia obstrutiva, como comprometimento motor, epilepsia, papiledema, cefaléia, náuseas, êmese e inquietação. O diagnóstico é preferencialmente realizado por ressonância magnética com contraste, a qual evidencia imagens hiperintensas, quando ponderadas em T2. Alternativamente, há a tomografia computadorizada, com menor acurácia. O tratamento preconizado é cirúrgico, com ressecção total, a depender da viabilidade do procedimento, e deve ser realizado em centro especializado. A radioterapia e a quimioterapia geralmente são reservadas para os casos em que existem evidências de crescimento tumoral, ou de inviabilidade cirúrgica.

 Conclusão

Apesar do astrocitoma pilocítico juvenil ser um tumor com baixa possibilidade de metástase - cerca de 5% -, o entendimento da sua etiologia e de suas manifestações clínicas se faz necessário para que esta patologia seja, de fato, diagnosticada, de modo a evitar complicações posteriores ao desenvolvimento tumoral.

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Biografia do Autor

Ana Letícya Gomes de Melo Silva , Universidade Federal de Pernambuco

 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Charles de Gaulle Félix Muni, Universidade Federal de Pernambuco

 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil

José Gabriel da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil

Lucas Matheus Rodrigues Barbosa, Universidade Federal de Pernambuco

 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

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Publicado

2022-12-13

Como Citar

Silva , A. L. G. de M. ., Muni, C. de G. F. ., Silva, J. G. da ., & Barbosa, L. M. R. . (2022). Astrocitoma pilocítico juvenil: etiopatogenia, manifestações clínicas e manejo. Jornal Memorial Da Medicina, 4(3), 2. Recuperado de https://jornalmemorialdamedicina.com/index.php/jmm/article/view/94

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