Fatores culturais e ambientais associados à evolução no conhecimento de herbáceas com potencial terapêutico

Autores

  • Josiene Maria Falcão Fraga dos Santos Universidade Estadual de Alagoas
  • Elcida de Lima Araújo Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Ulysses Paulino de Albuquerque Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.37085/jmmv1.n1.2019.pp.31-36

Palavras-chave:

Áreas antropizadas, ervas medicinais, relação homem-natureza

Resumo

As herbáceas representam grande valor para as populações humanas desde a antiguidade, fornecendo diversos recursos necessários à sua subsistência, sendo o uso medicinal o que recebe maior destaque entre as categorias citadas. Apesar disso, existem poucos estudos científicos que considerem o seu potencial de uso terapêutico e fatores como a história local das populações e questões ecológicas como a variação temporal (na disponibilidade do recurso) e variação espacial (em função de níveis de antropização). Diante do baixo número de estudos etnobotânicos específicos com herbáceas, torna-se arriscado concluir, nesse momento, um padrão geral das influências que direcionam o conhecimento e uso das mesmas. Entretanto, dentro dessa perspectiva, é possível mostrar uma tendência geral sobre os principais fatores atenuantes que regem o conhecimento e uso das herbáceas e que muitas vezes estão mascarados por contextos mais amplos, como por exemplo: fatores socioeconômicos, culturais, ecológicos e biológicos. No geral, esses elementos atuam em conjunto, para determinar qual o perfil dos usuários que dependem das herbáceas como recurso terapêutico e assim, aumentando o repertório das farmacopeias conhecidas localmente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Josiene Maria Falcão Fraga dos Santos, Universidade Estadual de Alagoas

Professora adjunta da Universidade Estadual de Alagoas, Núcleo de Biologia, Palmeira dos Índios, Alagoas

Elcida de Lima Araújo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professora titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Recife, Pernambuco

Ulysses Paulino de Albuquerque, Universidade Federal de Pernambuco

Professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, Pernambuco.

Referências

Sousa MR, Albuquerque UP, Andrade LHC, Caballero J (2005). Structure and floristics of homegardens in Northeastern Brazil. Journal of Arid Environments 62:491–506.

Albuquerque UP, Andrade LHC (2002a). Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, nordeste do brasil. Acta Botanica Brasilica 16:273-285.

Albuquerque UP, Andrade LHC (2002b). Uso de recursos vegetais da caatinga: o caso do agreste do Estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil). Interciencia 27:336-346.

Albuquerque UP, Medeiros PM, Almeida ALS, Monteiro JM, Lins Neto EMF, Melo JG, Santos JP (2007). Medicinal plants of the caatinga (semi-arid) vegetation of NE Brazil: a quantitative approach. Journal of Ethnopharmacology 114:325-354.

Araújo EL, Castro CC, Albuquerque UP (2007). Dynamics of Brazilian Caatinga – A review concerning the plants, environment and people.

Functional Ecosystems and Communities 1:15-28.

Blanckaert I, Vancraeynest K, Swennen RL, Espinosa García FJ, Piñero D, Lira-Saade R (2007). Non-crop resources and production of Mexico. Agriculture, Ecossystems and Environment 119:39-48.

Botelho João Bosco. História da Medicina. www.historiadamedicina.med.br (Acesso no dia 05/06/2019).

Caniago I, Siebert ST (1998). Medicinal Plant Ecology Knowledge and Conservation In Kalimantan Indonesia. Economic Botany 52:229-

Carvalho JCT, Almança CCJ (2003) Formulário de prescrição fitoterápica. Editora Atheneu, São Paulo.

Castelletti, C, Tabarelli M, Silva JMC (2003) “Quanto ainda resta da Caatinga? Uma estimativa preliminar,” In: IR Leal, M Tabarelli, JMC Silva

(Org.). Ecologia e Conservacão da Caatinga. Editora Universitária/ Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.

Castro R. Acessado em 26/09/2018. Reservas privadas do bioma caatinga. http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CO

NF_SIMP/textos/rodrigocastro.htm.

Di Stasi LC, Brito ARMS, Bacchi EM, Ming LC, Furlan MR, Savastano MAP, Amorozo MC, Reis MS, Ferri PH (1996) “Plantas medicinais: arte e

ciência, um guia de estudo interdisciplinar”, Editora da Universidade Estadual Paulista, São Paulo.

Ekpe P (2002) Forest loss in Ghana and its impact on access to wild medicinal plants. In: H. Gillett (Org.). Conservation and Sustainable Use of Medicinal Plants in Ghana, Conservation report UNEP-WCMC.

Fairhead J, Leach M (1998) Reframing Deforestation: Global analyses and local realities in West Africa. Global Environmental Change

Programme. Routledge. New York.

Frei B, Sticher O, Heinrich M (2000) Zapotec and mixe use of tropical habitats for securing medicinal plants in Mexico. Economic Botany 54:3-81.

Gordon R (1996) A Assustadora história da medicina. Rio de janeiro. Ed. Ouro.

Hanazaki N, Souza VC, Rodrigues RR (2006) Ethnobotany of rural people from the boundaries of Carlos Botelho State Park, São Paulo State, Brazil Acta Botanica Brasilica 20:899-909.

Hanazaki N, Souza VC, Rodrigues RR (2006) Ethnobotany of rural people from the boundaries of Carlos Botelho State Park, São Paulo State, Brazil Acta Botanica Brasilica 20:899-909.

Ladio AH, Lozada M (2004) Patterns of use and knowledge of wild edible plants in distinct ecological environments: a case study of a Mapuche community from northwestern Patagonia. Biodiversity and Conservation 13:1153–1173.

Ladio A, Lozada M, Weigandt M (2007) Comparison of traditional wild plant knowledge between aboriginal communities inhabiting arid and forest environments in Patagonia, Argentina Journal of Arid Environments 69: 695–715.

Moreira RCT, Bomfim LC, Costa RCS, ROCHA EA (2002) Abordagem Etnobotânica acerca do Uso de Plantas Medicinais na Vila Cachoeira, Ilhéus, Bahia, Brasil Acta Farm. Bonaerense 21: 205-11.

On TV, Quyen D, Bich LD, Jones B, Wunder JB, Smith-Russel J (2001) A survey of medicinal plants in BaVi National Park, Vietnam: methodology and implications for conservation and sustainable use. Biological Conservation 97:295-304.

Otsuka A (2001) Population Pressure, Land Tenure, and Natural Resource Management. Tokyo, Asian Development Bank Institute: 27.

Pereira IM, Andrade LA, Sampaio EVSB, Barbosa MRV (2003) Use-history effects on structure and flora of Caatinga. Biotropica 35:154-165.

Reis AM, Araújo EL, Ferraz EM, Moura AN (2006) Inter-annual variations in the floristic and population structure of an herbaceous community of “Caatinga” vegetation in Pernambuco, Brazil. Revista Brasileira de Botânica 29:497-508.

Sampaio EVSB, Giulietti AM, Virgínio J, GamarraRojas CFL (2002) Vegetação e flora da caatinga. Associação Plantas do Nordeste - APNE. Centro Nordestino de Informação sobre Plantas, Recife.

Santos LL, Nascimento ALB, Vieira FJ, Silva VA, Voeks R, Albuquerque UP (2014) The Cultural Value of Invasive Species: A Case Study from

Semi-Arid Northeastern Brazil. Economic Botany 68:283-300.

Santos LL, Ramos MA, Izídio SI, Sales MF, Albuquerque UP (2009) Caatinga Ethnobotany: Anthropogenic Landscape Modification and Useful Species in Brazil’s Semi-Arid Northeast. Economic Botany 63:363-374.

Voeks RA (1996) Tropical forest healers and habitat preference. Economic Botany 50:381-400.

Voeks RA, Nyawa S (2001) Healing flora of the Brunei Dusun. Borneo Research Bulletin 32:178-195.

WDI (World Development Indicators) 2005. Ghana: Statistics (1960-2005).

Downloads

Publicado

2020-12-21

Como Citar

Maria Falcão Fraga dos Santos, J. ., de Lima Araújo, E. ., & Paulino de Albuquerque, U. . (2020). Fatores culturais e ambientais associados à evolução no conhecimento de herbáceas com potencial terapêutico. Jornal Memorial Da Medicina, 1(1), 31–36. https://doi.org/10.37085/jmmv1.n1.2019.pp.31-36

Edição

Seção

Sumário

Categorias

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)