Síndrome de Klippel Feil com crises febris álgicas recorrentes: relato de caso

Autores

  • Gabriel Santana Silva Universidade de Pernambuco
  • Paulo Ricardo Ramos Mendonça Filho Universidade de Pernambuco
  • Paulo Rogério Gallo Secretaria Municipal de Saúde, Garanhuns, Pernambuco, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4166-9179

Palavras-chave:

Síndrome de Klippel Feil, Correção cirúrgica, Crises, Dor, Febre

Resumo

Introdução

A síndrome de Klippel Feil (SKF) é uma doença rara com poucos relatos na literatura que tem sua gênese em alterações genéticas. Consiste na fusão de duas ou mais vértebras cervicais e é uma condição congênita que, por vezes, pode ser perceptível no nascimento da criança. O quadro clínico é bastante variável.

Objetivo

Relato de caso.

Método

Os dados apresentados foram coletados do prontuário e complementados com informações fornecidas pelos responsáveis e estudos científicos. O Estudo foi autorizado pela direção do serviço e pelos familiares via assinatura de TCLE.

Resultados

O caso em evidência neste trabalho apresenta as condições fenotípicas clássicas à SKF (Sinostose de C2-C3, C7-T1 e Pterygium colli, além de torcicolo por estiramento do esternocleidomastóideo, espinhas bífidas, hemivértebra, costelas acessórias e dor braquial crônica) em menina de 6 anos de idade. Como peculiaridade, crises febris álgicas recorrentes chamam atenção por não se ter nenhuma relação direta entre as crises e a síndrome em si apontadas na literatura. Em acréscimo, esta produção destaca a importância de uma nova classificação patológica em 4 subtipos com base no tipo de acometimento cervical e padrão de herança, em que a paciente se enquadra no tipo 2; sendo o tipo 1 (recessivo) no caso de fusão do C1, tipo 2 (dominante) no caso fusão de C2 (sem envolver C1) e outra fusão de vértebra, tipo 3 (recessivo ou com penetrância incompleta) no caso de fusão isolada (sem incluir C1) e o tipo 4 que ainda está em estudo. Por fim, também foi pontuado as técnicas de correção cirúrgica (hemilaminectomia e foraminotomia para dor braquial, zetaplastia para Pterygium colli, osteotomia para sinostose e redução do esternocleidomastóideo para torcicolo) viáveis como terapêutica.

Conclusão

Apesar das repercussões positivas sobre a qualidade de vida dos pacientes, é importante colocar em pauta o pouco número de correções cirúrgicas que foram realizadas em pacientes portadores desta síndrome e que as técnicas utilizadas nessas correções datam de, pelo menos 1953, o que revela poucos avanços da comunidade científica na abordagem desta condição. Ressalta-se, ao fim, que as crises febris recorrentes acompanhadas de dor não tiveram sua gênese caracterizada e as observações da responsável pela paciente não foram esclarecedoras para apontar uma hipótese que justifique esse quadro peculiar.

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Biografia do Autor

Gabriel Santana Silva, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Paulo Ricardo Ramos Mendonça Filho, Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil

Paulo Rogério Gallo, Secretaria Municipal de Saúde, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

Secretaria Municipal de Saúde, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

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Publicado

2022-12-13

Como Citar

Silva, G. S. ., Mendonça Filho, P. R. R. ., & Gallo, P. R. . (2022). Síndrome de Klippel Feil com crises febris álgicas recorrentes: relato de caso. Jornal Memorial Da Medicina, 4(3), 8. Recuperado de https://jornalmemorialdamedicina.com/index.php/jmm/article/view/100