Programa de enfrentamento das doenças em eliminação: potencialidades e dificuldades na operacionalização da intervenção na esquistossomose mansoni – estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.37085/jmmv1.n2.2019.pp.24-32Palavras-chave:
Esquistossomose mansoni, Schistossoma mansoni, Estudo de caso, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumo
A esquistossomose mansoni é uma infecção parasitária causada pelo verme Schistosoma mansoni, que se desenvolve nos vasos sanguíneos do fígado e intestino, podendo seguir uma evolução crônica e, a depender da resposta imunológica do indivíduo, pode ocasionar óbito. O Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (SANAR), buscando melhorias das condições de vida das comunidades, vem implementando estratégias de redução da prevalência ou eliminação dessas doenças. O objetivo desse estudo, portanto, é analisar o programa de enfrentamento das doenças em eliminação, suas potencialidades e dificuldades na operacionalização da intervenção na esquistossomose mansoni em um município de Pernambucano. Trata-se de um estudo de caso exploratório quanti-qualitativo, através de fontes de dados secundários do Sistema de Informação do Programa de Controle de Esquistossomose, no período de 2010 a 2014, com indicadores estratégicos de monitoramento e avaliativos, associados à aplicação de instrumento semiestruturado de coleta de dados, realizada com os Agentes Comunitários de Saúde das áreas trabalhadas normativamente pelo o Programa de Controle de Esquistossomose. O município alcançou uma cobertura de 99,56% de casos tratados, foram recolhidos 67,5% dos coletores entregues e todos os agentes comunitários de saúde realizaram atividade educativa. Todavia, a maioria dos sujeitos afirmaram desconhecer o funcionamento do programa. Pela análise do contexto, atribui-se uma implantação parcial do programa. Constatou-se a necessidade de reestruturação nos aspectos da análise de situação de saúde, planejamento das ações, abrangência de profissionais da área assistencial, além de trabalhos de educação permanente para ampliar os conhecimentos sobre a infecção, dimensão e importância do controle à esquistossomose.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni: diretrizes técnicas. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis [livro eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde; 2014 [acesso em 05 jun. 2015]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_esquistossome_mansoni_diretrizes_tecnicas.pdf.
Brasil. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose [livro eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde; 2007 [acesso em 05 jun. 2015]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cab_n21_vigilancia_saude_2ed_p1.pdf.
Barbosa CS, Montenegro SML, Abath FGC, Domingues ALC. Specific situations related to acute schistosomiasis in Pernambuco, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz [revista da internet]. 2001; 96(Suppl): 169-172. [acesso: 05 jun. 2015]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S007402762001000900026&lng=en&nrm=isso.
Teixeira MGLC, Paim JS. Os programas especiais e o novo modelo assistêncial. Cad. Saúde Pública [revista da internet]. 1990; 6(3): 264-277. [acesso em 05 jun. 2015] Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000300004 .
Brasil Ministério da Saúde. Portaria Nº 1.172, de 15 de Junho de 2004, Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de Vigilância em Saúde, define a sistemática de financiamento e dá outras providências. Diário Oficial da União. De junho de 2004. . [acesso em 05 jun. 2015]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1172_15_06_2004.html.
Quinino LRM. Análise da Implantação do Programa de Controle da Esquistossomose em dois municípios da Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. [Dissertação] [Internet]. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife; 2009. [acesso em 05 jun 2015]. Disponível em http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2009quinino-lrm.pdf.
Machado ER, Santos DS, Costa-Cruz JM. Enteroparasites and commensals among children in four peripheral districts of Uberlândia, State of Minas Gerais. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [revista da internet]. 2008. [acesso em 22 out. 2015]; 41( 6 ):581-585. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822008000600007&lng=en&nrm=iso.
Pordeus LC, Aguiar LR, Quinino LRM, Barbosa CS. A ocorrência das formas aguda e crônica da esquistossomose mansônica no Brasil no período de 1997 a 2006: uma revisão de literatura. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2008; 17(3): 163-175. [acesso em 06 jun. 2015]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742008000300002.
Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Programa de Enfretamento das Doenças Negligenciadas no Estado de Pernambuco SANAR – 2011 / 2014. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Recife. 2013: 01 – 44 [docuemento da Internet]. [acesso em 08 mai. 2015]. Disponível em: http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/plano_sanar_2011-2014.pdf .
Coura-Filho P. Participação popular no controle da esquistossomose através do Sistema Único de Saúde (SUS), em Taquaraçu de Minas, (Minas Gerais, Brasil), entre 1985-1995: construção de
um modelo alternativo.Cad. Saúde Pública [Internet]. 1998; 14(2):111-122. [acesso em 10 mai. 2015]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1998000600010&lng=en.
Ribeiro PJ, Aguiar LAK, Toledo CF, Barros SMO, Borges DR. Programa educativo em esquistossomose: modelo de abordagem metodológica. Rev. Saúde Pública [revista da internet]. 2004; 38(3): 415-421. [acesso em 20 jun. 2015]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000300012.
Brasil. Departamento de Informação e Informática. Sistema de Informação Sobre Agravos de Notificação (Sinan). [acesso em 15 jul. 2015]. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/tabnet?sinannet/esquisto/bases/esquistobrnet.def.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos [Documento da internet]. Brasília: DF. 2012; [acesso em 20 abr. 2015]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [acesso em 23 jan. 2016]. Disponível em: http://cod.ibge.gov.br/6LU.
Figueiredo NMA, Tonini T. SUS e PSF para enfermagem: práticas para o cuidado em saúde coletiva. São Caetano do Sul: Yendis: Editora , 2007.
Quinino LRM, Barbosa CS, Samico I. O programa de controle da esquistossomose em dois municípios da zona da mata de Pernambuco: uma análise de implantação. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. Recife [revista da internet]; 10(1):119-129. 2010. [acesso em 05 fev. 2015]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000500011&lng=en&nrm=iso.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica [livro da internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. [acesso em 05 fev. 2015]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf.
Oliveira TF, Soares M, Cunha R, Monteiro SS. Educação e controle da esquistossomose em Sumidouro (RJ, Brasil): avaliação de um jogo no contexto escolar. RBPEC [revista eletrônica]; 8(3): 01- 18. 2008. [acesso em 20 jun. 2015]. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27382/2/marisa_soares_etal_IOC_2008.pdf
Farias LMM, Resendes APC, Sabroza PC, Souza-Santos R. Análise preliminar do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose no período de 1999 a 2003. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2007;23(1):235-239. [acesso em 22 jan. 2016]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102311X2007000100025.
Quinino LRM, Costa JMBS, Aguiar LR, Wanderley TNG, Barbosa CS. Avaliação das atividades de rotina do Programa de Controle da Esquistossomose em municípios da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, entre 2003 e 2005. Epidemiol. Serv. Saúde [revista da internet]. 2009; 18(4): 335-343. [acesso em 15 ago. 2015] Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5123/S167949742009000400003.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia prático do agente comunitário de saúde [livro da internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. [acesso em 15 ago. 2015]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados no Jornal Memorial da Medicina são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais. O Jornal Memorial da Medcina permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. Os artigos publicados são de total e exclusiva responsabilidade dos autores. Há encargos para submissão no processamento de artigos (Articles Processing Charge - APC).
